Gilvandro Oliveira Filho endurece discurso e convoca imprensa às ruas contra exploração e falsa liberdade de imprensa
RedeSat
O jornalista Gilvandro Oliveira Filho voltou a adotar um tom firme e de enfrentamento em defesa dos jornalistas, radialistas, câmeras e profissionais da comunicação, denunciando a precarização do setor e afirmando que, em muitos casos, as condições impostas aos trabalhadores se aproximam de práticas análogas ao trabalho escravo moderno.
Gilvandro destacou que a chamada liberdade de imprensa, frequentemente usada em discursos oficiais, não se sustenta na prática quando os profissionais são privados de direitos básicos.
“Não existe liberdade de imprensa sem dignidade. O que vemos é exploração, pejotização forçada, jornadas exaustivas e profissionais abandonados à própria sorte. Isso precisa acabar”, afirmou.
Ele lembrou que essa defesa não é de hoje. Durante a pandemia da Covid-19, quando jornalistas seguiram nas ruas informando a população mesmo sob alto risco de contaminação, Gilvandro foi uma das vozes que exigiram prioridade na vacinação para os profissionais da imprensa.
“Enquanto muitos se protegiam, jornalistas estavam na linha de frente. Lutamos por vacina porque estávamos perdendo colegas. A imprensa salvou vidas levando informação, mas quase ninguém olhou para quem informava”, relembrou.
O jornalista criticou duramente o uso indiscriminado de contratos PJ, que, segundo ele, servem para retirar direitos, silenciar denúncias e impor medo dentro das redações.
“Tem profissional trabalhando doente, sem plano de saúde, sem FGTS, sem qualquer garantia. Isso não é liberdade, é exploração institucionalizada”, denunciou.
Diante desse cenário, Gilvandro confirmou o fortalecimento do movimento “Imprensa com Respeito”, que vai às ruas caso não haja diálogo real com empresários de TV, rádio e comunicação em todo o país. Segundo ele, o ano de 2026 será decisivo para a categoria.
“Se não houver conversa, vamos mobilizar. A imprensa não pode continuar sendo tratada como descartável.”
Atualmente, Gilvandro Oliveira Filho é presidente da Confraria 01, vice-presidente da Associação Paulista de Imprensa (API) e integra diversos movimentos nacionais em defesa da imprensa, dos direitos trabalhistas e da liberdade de expressão.
Ele fez um chamado direto a toda a categoria:
“Aos câmeras, repórteres, produtores, editores e comunicadores: chegou a hora de moralizar. Sem direitos, não existe jornalismo livre. Sem respeito, não existe democracia.”
O movimento alerta que a exploração dos profissionais da comunicação compromete não apenas vidas, mas também a qualidade da informação, enfraquecendo o papel fiscalizador da imprensa e colocando em risco o direito da sociedade à verdade.
“A nossa luta é antiga, é legítima e vai continuar. Nas redações, nas ruas e onde for preciso”, concluiu Gilvandro Oliveira Filho.
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