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Padrasto diz ter dado 'palmadas e chineladas' em criança de 2 anos morta por agressão, aponta polícia

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Padrasto diz ter dado 'palmadas e chineladas' em criança de 2 anos morta por agressão, aponta polícia
Padrasto diz ter dado 'palmadas e chineladas' em criança de 2 anos morta por agressão, aponta polícia (Foto: Reprodução)

O delegado que investiga a morte de uma criança de 2 anos afirmou, em entrevista, que o padrasto preso pelo crime disse ter dado "palmadas e chineladas" no garoto. Paulo César Silva Santos foi preso em flagrante por homicídio. De acordo com o delegado Júlio da Silva Filho, há elementos que apontam agressividade no cotidiano da família.

“O menino tinha pavor. Ela [a avó do menino] disse em depoimento que ele tremia e ficava inquieto com a presença do Paulo. Era uma relação difícil e nós apuramos que ele era contumaz em agredir a criança. Quem disse foram os vizinhos, que ouviam os gritos dele e da criança quando esses fatos ocorriam”, afirmou o delegado.

Segundo ele, as investigações mostraram que a mãe não tinha a dimensão das agressões contra a criança e achava que era uma correção comum. Ela foi alertada que Henry Gabriel gritava e era agredido pelo padrasto por uma vizinha.

‘Estou arrasado’, diz pai

Em outro ponto da Baixada Fluminense, o pai de Henry Gabriel, de dois anos, foi ao Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu liberar o corpo do filho para o velório e enterro.

“Estou arrasado. Tem uma faca enfiada no meu peito”, afirmou David dos Santos Barreto.

Henry Gabriel ficava com a mãe e o padrasto na residência do casal, em Queimados, na Baixada Fluminense, nos dias de semana.

Yasmin, mãe do menino, trabalha fora e costumava deixar o filho na casa da avó materna. Na segunda-feira (1º), ela pediu que Paulo levasse o bebê para a casa da mãe.

“Ele falou que às 10h ia levar [a criança] para a casa da minha mãe, porque era o último dia que ia estar lá e ia deixar brincando um pouco”, disse Yasmin Martins, mãe do bebê.

Por volta de meio-dia, Paulo levou Henry para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Queimados. O menino deu entrada com vários hematomas no corpo e que, de acordo com os médicos, é típico de agressão. A criança não resistiu.

A direção da unidade chamou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar. Paulo César foi levado para a 55ªDP (Queimados) e recebeu voz de prisão em flagrante pelo crime de homicídio qualificado.

Agressões

Segundo o delegado, ele tentou minimizar as agressões em depoimento.

“Ele confessou que deu umas palmadas e chineladas no garoto. Ele não trouxe para nós a proporção das agressões que ele causou e, inclusive, as lesões provocaram a morte da criança”, afirmou.

A mãe do menino soube da morte do filho pelo telefone e entrou em choque. Familiares contam que ela cuidava bem do menino. Yasmin disse que ele tem histórico de agressão.

“Já me agrediu por besteira, por ciúme”, disse a mãe do bebê.

De acordo com a Polícia Civil, o menino apresentava marcas de agressões e hematomas pelo corpo. O laudo médico também identificou lesões perfurocortantes no punho esquerdo.

A TV Globo tentava entrar em contato com a defesa de Paulo César Silva Santos até a última atualização desta reportagem.

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