Mesmo com ameaça de expulsão do partido, Celso Sabino vai seguir no governo Lula
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O ministro do Turismo, Celso Sabino, decidiu permanecer no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo diante do processo de expulsão aberto contra ele pelo União Brasil. A definição deve ser comunicada oficialmente a Lula na próxima semana, após semanas de indefinição.
Desde a resolução da Executiva nacional do partido, em 18 de setembro, que determinou a saída imediata de filiados da Esplanada, Sabino vinha postergando sua decisão. Ele chegou a entregar uma carta de renúncia, mas atendeu a um pedido do presidente para permanecer durante a agenda da COP30 em Belém, o que levou a sigla a abrir um processo disciplinar.
Na quinta-feira (2), em evento realizado na capital paraense, Sabino havia dito que "nenhum partido político, nenhum cargo e nenhuma ambição pessoal vai me afastar desse povo que eu amo e do Estado do Pará" e que Lula é o “melhor presidente da história”.
“Presidente Lula, o que nós fizemos juntos no Turismo nunca será esquecido", disse Sabino. "Conte comigo, onde quer que eu esteja, para lhe apoiar, para segurar a sua mão, porque reconheço e sei do seu trabalho e tudo que o senhor fez pelo Brasil e pelo Estado do Pará.”
Processo no União Brasil
Segundo o deputado Fábio Schiochet (SC), relator do caso no União Brasil, o parecer sobre a situação de Sabino será apresentado na quarta-feira (8). Caso recomende a expulsão, caberá ao presidente nacional do partido, Antonio Rueda, convocar a Executiva para deliberar.
Pré-candidato ao Senado em 2026, Sabino avalia, segundo o jornal O Globo, que permanecer no ministério lhe garante visibilidade em eventos estratégicos, como a COP30 e o Círio de Nazaré, no Pará.
Segundo pesquisa divulgada pela Atlas/Intel no início de setembro, o governador Helder Barbalho (MDB) tem 25,9%. Em segundo lugar aparece o deputado federal bolsonarista Éder Mauro (PL), com 17%, e o também deputado federal Paulo Rocha (PT), que tem 13,5%.
Celso Sabino anota 10,2%, empatado tecnicamente com Rocha e com o ex-senador Mário Couto (PL), que chega a 9,2%; Zequinha Marinho (Podemos) tem 8,3%, e Simão Jatene (Sem partido), 7,5%.
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