Crise do metanol: Boulos enquadra Tarcísio e exige nomes dos bares com bebida batizada
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A crise envolvendo a venda de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em São Paulo, que já resultou em mortes e hospitalizações, continua preocupando a população, enquanto o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) tenta minimizar o caso e não toma ações concretas.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi enfático ao cobrar providências mais rápidas e efetivas do governo estadual, e, nesta terça-feira (30), enviou um ofício ao secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, exigindo que a lista dos bares e estabelecimentos que venderam as bebidas contaminadas seja divulgada de forma imediata.
Segundo Boulos, a falta de informações sobre quais estabelecimentos estão envolvidos na contaminação é inaceitável.
"A população precisa saber efetivamente quais estabelecimentos foram pegos vendendo as bebidas contaminadas e o que o governo estadual está efetivamente fazendo para resolver o problema", destacou o deputado.
Ele criticou a postura do governo, afirmando que Tarcísio e Derrite estão mais preocupados com “jogo de cena” nas coletivas de imprensa do que com medidas concretas de proteção à saúde pública.
"É um absurdo que, dias após o escândalo ter aparecido, com gente já tendo morrido, outras em coma, a população de São Paulo ainda não saiba quais são os estabelecimentos que já foram identificados vendendo o produto adulterado", afirmou ainda.
O deputado ressaltou que, sem essa divulgação, a população continua no escuro, o que compromete a segurança e gera ainda mais insegurança nos consumidores.
Ações emergenciais
Boulos também questionou a justificativa de não divulgar as informações, sugerindo que uma possível proteção à reputação de empresas não se justifica diante da gravidade da situação. Para ele, ao não divulgar a lista, o governo estadual prejudica até mesmo os estabelecimentos que não estão envolvidos na adulteração, pois a falta de ação pode gerar desconfiança generalizada.
Além de Boulos, o deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL-SP) também protocolou um ofício exigindo fiscalização emergencial em bares e estabelecimentos relacionados ao problema. Em seu ofício, Cortez cobrou não só a divulgação das informações, mas também ações imediatas como o recolhimento das bebidas contaminadas, a investigação da cadeia produtiva, e campanhas de conscientização sobre os sintomas da intoxicação. Para ele, a "letargia e omissão" do governo Tarcísio é inaceitável, considerando a gravidade da situação.
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