Valdemar Costa Neto compara Bolsonaro a Che Guevara ao falar de transferência de votos para 2026
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O presidente nacional do Partido Liberal (PL) – Valdemar Costa Neto – comparou nesta segunda-feira (25) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao líder revolucionário de esquerda Che Guevara ao falar do potencial de transferência de votos para as eleições de 2026.
Costa Neto esteve em um debate do grupo empresarial Esfera Brasil, em São Paulo, que reuniu várias lideranças de direita para debater o cenário político atual e as eleições presidenciais do próximo ano.
Ao falar com a GloboNews sobre o potencial de transferência de votos que Jair Bolsonaro terá em 2026, o presidente do PL fez a comparação inusitada.
Atualmente, Bolsonaro está inelegível e é réu no STF por tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele cumpre prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares.
“É inacreditável a força de transferência do voto do Bolsonaro. O eleitor dele é fiel. E essas coisas [processos na Justiça] tão fazendo com que ele vire um Che Guevara. O Che Guevara tinha um carisma como o Bolsonaro. E ele é lembrado até hoje. Tanto que o Fidel não colocou ele pra fora de Cuba, não sossegou. Porque ele atrapalhava a vida do Fidel. Ele tinha um carisma brutal”, afirmou Costa Neto.
“Daqui 30, 40 anos, do jeito que estão fazendo com o Bolsonaro, você também vai ver gente com camiseta do Bolsonaro", completou.
O presidente do PL também negou que Jair Bolsonaro tenha participado do planejamento da tentativa de golpe de Estado no Brasil, em 8 de janeiro de 2023, e também do planejamento da morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Oito de janeiro não foi golpe. Eles inventam essa história de que foi golpe de um bando de pé de chinelo quebrando as coisas. Aquilo não foi golpe. Um bando de pé de chinelo... Lá foram tinha um monte de gente gritando ‘não quebra, não quebra’. Eles dizem que aquilo foi golpe pra dizer que houve golpe”, declarou.
“Você pode planejar um assassinato e, desde que não faça nada, não pode ser condenado. Você pode planejar um golpe e não fez nada... Ninguém fez nada. Tentaram ‘ah, vamos matar o Alexandre [de Moraes]’. Fizeram? Fizeram. Tentaram? Fizeram alguma coisa? Não fizeram...”, afirmou.
No evento, Costa Neto também disse que Bolsonaro ainda tem chances de ser candidato em 2026 a presidente da República, mesmo já estando inelegível por oito anos, no processo em que foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em 2023.
“Quero dizer pra vocês o seguinte, o Bolsonaro tem grandes chances de ser candidato. Porque não tem como condená-lo. Vão ter que discutir o golpe, aliás, o que eles chamam de golpe. Que são 20 pés de chinelo quebrando as coisas. Isso é golpe?”, declarou.
“O Bolsonaro se não puder ser candidato vai escolher um candidato a presidente e a vice, nós vamos ter pelo PL. Isso tá liquidado, agora quem ele vai escolher, eu não sei”, afirmou.
Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek
No mesmo evento, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que o próximo governo que vai ser eleito vai ter que ser um novo Juscelino Kubitschek, que tinha o slogan de campanha ‘50 anos em 5’, quando decidiu transferir a capital do Brasil para Brasília.
Para Tarcísio, o novo presidente vai ter que trabalhar para fazer “40 anos em 4”, que é o período atual do mandato dos presidentes da República no País.
O governador paulista também jogou indireta ao presidente Lula (PT), ao falar indiretamente que o Brasil foi governado muito tempo por Getúlio Vargas que [ao cometer suicídio] mergulhou o Brasil em confusão.
“Lá atrás a gente teve uma pessoa que governou o Brasil por muito tempo, muito tempo, fez muita coisa, foi a pessoa que governou o país pelo maior período de tempo que foi o Getúlio Vargas (...) E ele tem um acervo de realizações e é por isso que ele se tornou um líder popular, carismático (...). Ele vai mal no governo e acaba tirando a própria vida. E aí se instala a confusão no Brasil. E agora, o que vai ser? Aquele líder carismático e popular e o Brasil imerso em confusão. E eis que vem Juscelino Kubitschek”, contou Tarcísio.
“JK vem com um lema ousado: 50 anos em 5 e esse cara impulsiona a indústria, ele interioriza o Brasil, ele constrói Brasília (...) Ele construiu uma cidade, que hoje é nossa capital, em 3 anos. Então é um líder disruptivo, que pensou em futuro. Não sei qual vai ser o lema de um novo governo, eu sei que a gente vai precisar fazer 40 anos em 4, isso está muito claro”, declarou o governador de SP, sem citar que é um dos possíveis candidatos ao Planalto em 2026.
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