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Sheik do Bitcoin depositou R$ 30 milhões em empresa de Malafaia, aponta testemunha

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Sheik do Bitcoin depositou R$ 30 milhões em empresa de Malafaia, aponta testemunha
Sheik do Bitcoin depositou R$ 30 milhões em empresa de Malafaia, aponta testemunha (Foto: Reprodução)

O empresário da fé Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, admitiu ter recebido um investimento milionário de Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Sheik do Bitcoin. Segundo informações reveladas pelo Metrópoles, o empresário, condenado a 56 anos de prisão por crimes ligados a um esquema de pirâmide financeira, teria injetado R$ 30 milhões em uma sociedade com o religioso.

A revelação consta em depoimento de Davi Zocal, empresário do ramo gospel e testemunha-chave no processo que levou à condenação de Francisley, em outubro de 2024. Zocal detalhou que o aporte tinha como objetivo socorrer a Central Gospel, editora de Malafaia que entrou em recuperação judicial em 2019, com dívida de quase R$ 16 milhões.

“Se perguntar é mais fácil. Que nem Malafaia. Eu vi do começo do processo até o fim. (...) A Central Gospel, que é a empresa principal dele, de livro, tava quebrada, com R$ 38 milhões de arresto. ‘Não, pastorzão. Vou te ajudar. Deixa comigo. Eu vou comprar essa dívida’. O Francis entrou”, disse a testemunha em depoimento à Polícia Federal.

O investimento foi formalizado por meio da Alvox Gospel Livros Marketing Direto, uma loja digital voltada ao público evangélico, aberta em maio de 2021 e encerrada em julho de 2022. De acordo com Zocal, a criação da empresa buscava resguardar a imagem do pastor. “O Silas falou assim pra ele: ‘Cara, vamos fazer uma empresa com outro nome para não ferrar para nós, né?’ Então abriram a Alvox, mas o foco do Malafaia… O Francis foi sócio direto dele na principal empresa, mas foi só para dar uma esquivada, né?”, relatou.

Três meses após o fim da sociedade, em outubro de 2022, o Sheik do Bitcoin foi alvo de operação da Polícia Federal. Dono da Rental Coins e de mais de 100 empresas, Francisley movimentou cerca de R$ 4 bilhões entre 2018 e 2022 e teria lesado aproximadamente 15 mil pessoas, incluindo a empresária Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa.

Malafaia confirma investimento, mas nega irregularidade

Em mensagem enviada à coluna do Metrópoles, Silas Malafaia confirmou a sociedade, mas ressaltou que a parceria durou apenas um ano e terminou antes da abertura de investigações.

“É bom informar que quando ele foi sócio comigo, ele foi sócio um ano. Não havia uma denúncia em Ministério Público e Polícia Federal contra ele”, declarou.

O pastor também afirmou que não teve poder de decisão sobre a Alvox, já que Francisley seria o responsável pela gestão. “E quando começou os rumos de conversa, eu caí fora e saí da empresa. Eu saí em março, tá? Aí começou em junho as notícias de que ele estava sendo investigado”, acrescentou.

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