Mais de R$ 200 milhões em jogo: entenda por que prisão de dono da Ultrafarma causa terror nos bastidores da televisão
Rede News

A prisão do empresário Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, causou tensão nos bastidores do SBT, da Band e da RedeTV! O motivo? A empresa é uma das principais patrocinadoras destas emissoras.
Segundo o portal NaTelinha, após o estouro do escândalo de corrupção, há especulações sobre possíveis cortes nos patrocínios, o que impactaria atrações financiadas pela marca. Fontes ouvidas pelo site destacam que a falta do dinheiro da Ultrafarma “seria substancialmente sentida nos cofres”.
Há, no entanto, quem use outro exemplo para ficar tranquilo. Quando o dono da marca de refrigerantes Dolly, Laerte Codonho, foi condenado à prisão por corrupção ativa, crime ambiental e falsificação de documentos, nada mudou e a empresa continuou os anúncios na televisão normalmente.
O assunto tem sido tratado com cautela na programação da RedeTV! A emissora não falou da prisão nos boletins jornalísticos da manhã. A operação foi noticiada no início da noite, durante o “Brasil do Povo”, programa apresentado por José Luiz Datena. Apesar de ter citado a Ultrafarma, o comunicador não mencionou o nome do empresário.
De acordo com o colunista Gabriel Vaquer, do jornal Folha de São Paulo, fontes do mercado apontam que Sidney investiu R$ 250 milhões só no ano passado em comerciais e patrocínios de programas de TV.
POR QUE SIDNEY OLIVEIRA, DA ULTRAFARMA, FOI PRESO?
Sidney foi preso na manhã desta terça-feira (12), em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para cessar um esquema de corrupção que envolve auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda.
A Operação Ícaro identificou a existência de um grupo criminoso que favorecia empresas do setor de varejo em troca de vantagens ilegais. Três mandados de prisão temporária foram cumpridos. Além de Sidney, um fiscal de tributos estadual, apontado como o principal operador do esquema, e Mario Otávio Gomes, diretor estatutário da Fast Shop, também foram detidos.
Houve ainda diversos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos investigados e nas sedes das empresas supostamente envolvidas. Eles são acusados de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A investigação aponta que o fiscal manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários às empresas. Segundo promotores, cerca de R$ 1 bilhão em propina foi arrecadado pelo esquema só nos últimos quatro anos.
Comentários (0)