PEC da Anistia é contrária a democracia brasileira, diz Erika Hilton
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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) expressou preocupação em relação ao debate da PEC da Anistia na Câmara dos Deputados, classificando-o como "contrário à democracia brasileira". Em entrevista à CNN, a parlamentar destacou a gravidade da situação e os possíveis impactos negativos dessa discussão para o país. Segundo ela, tal iniciativa representaria um retrocesso significativo para a democracia e para o povo brasileiro. Relação com o presidente da Câmara A deputada também comentou sobre o discurso de posse do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PP-PB), descrevendo-o como "muito bonito" e "elogiável". No entanto, Hilton expressou sua decepção com atitudes recentes de Hugo, sugerindo que sua postura atual não estaria alinhada com o discurso inicial. "Se pautasse uma agenda como essa, isso seria intolerável", afirmou Hilton, referindo-se à possibilidade de anistia. A parlamentar argumentou que não se pode tolerar qualquer medida que ofereça "algum tipo de desculpa ou inocência" a indivíduos que praticaram ou tentaram praticar crimes contra a democracia. Erika Hilton defendeu importância da integridade do sistema democrático e a responsabilização daqueles que atentaram contra ele. A deputada defende que qualquer movimento no sentido de perdoar ou minimizar tais atos representaria uma ameaça aos princípios fundamentais da república brasileira. Presidente da CCJ pautou PL da Anistia A presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, Carol De Toni, pautou, para a próxima terça-feira (3), a análise do projeto de lei que anistia investigados pelo 8 de Janeiro. O chamado “PL da Anistia” será analisado junto de outros seis projetos sobre temas semelhantes. O relator, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), apresentou um substitutivo que perdoa quem participou, fez doações ou apoiou, por meio de redes sociais, os atos do dia 8 de Janeiro até a entrada em vigor da futura lei. No entanto, o texto também concede anistia a quem participou de “eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 8 de janeiro de 2023, desde que mantenham correlação com os eventos”. Não há, portanto, uma delimitação temporal específica.
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