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STJ autoriza processo contra João Doria por suposto uso irregular de verba pública em publicidade

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STJ autoriza processo contra João Doria por suposto uso irregular de verba pública em publicidade
STJ autoriza processo contra João Doria por suposto uso irregular de verba pública em publicidade (Foto: Reprodução)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a abertura de um processo por improbidade administrativa contra o ex-governador de São Paulo, João Doria. A decisão da 2ª Turma do STJ considerou haver indícios suficientes para investigar o uso excessivo de verbas públicas em campanhas publicitárias e a reutilização desse material nas redes sociais pessoais do político.

Doria é acusado de ter utilizado recursos públicos para promover o programa “Asfalto Novo”, destinado ao recapeamento de vias na capital paulista.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou com uma ação contra Doria alegando que o ex-governador e ex-prefeito teria utilizado verbas públicas para se autopromover, o que configura abuso de poder político. 14ª Vara da Fazenda Pública do estado de São Paulo aceitou a denúncia e bloqueou R$ 29,4 milhões em bens do político. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reverteu a decisão, considerando a publicidade legítima. O MP, então, recorreu ao STJ.

O ministro Teodoro Silva Santos, relator do caso, destacou que a nova Lei de Improbidade Administrativa se aplica a processos em andamento. Além disso, ressaltou que a petição inicial só pode ser rejeitada se não houver indícios mínimos de improbidade.

Para o ministro Teodoro, o uso de publicidade patrocinada com dinheiro público nas redes sociais pessoais de Doria já seria suficiente para justificar a continuidade da ação por improbidade. Ele também ressaltou que, em 2017, os gastos com a divulgação do programa foram superiores aos investimentos na própria iniciativa.

Além disso, destacou que a renúncia de Doria ao cargo de prefeito em 2018, para disputar o governo do estado, poderia indicar uma motivação política por trás da campanha publicitária.

A defesa de Doria argumenta que o MP não conseguiu comprovar a existência de improbidade e que o TJ-SP já havia reconhecido a inexistência de irregularidades.

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