Hugo Motta mostra seu lado obscuro, em apoio ao golpe de 8/1
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A iniciativa, no entanto, encontra pela frente um obstáculo formidável. Um grupo de instituições da sociedade civil tem levado adiante um abaixo-assinado digital que pressiona Motta a arquivar a proposta.
Por Redação – de Brasília
Ao mesmo tempo em que incentiva a anistia para os envolvidos no golpe de Estado frustrado em 8 de Janeiro, após os ataques aos prédios dos Três Poderes, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) nega que tenha havido um movimento golpista, apenas “uma baderna”. O discurso negacionista do integrante da ultradireita, indicado para o cargo por um dos principais líderes do chamado ‘Centrão’, Arthur Lira (PP-AL), abre alas para que a bancada bolsonarista busque emplacar a pauta da anistia aos terroristas. A iniciativa, no entanto, encontra pela frente um obstáculo formidável. Um grupo de instituições da sociedade civil tem levado adiante um abaixo-assinado digital que pressiona Motta a arquivar a proposta. A campanha pela assinatura do documento começou no fim do ano passado, ainda sob a gestão de Lira, mas ganhou fôlego nesta semana. Somente entre estas quarta e quinta-feiras, mais de 8 mil novas adesões foram registradas ao documento. A campanha funciona da seguinte forma: para cada novo signatário que adere ao texto a plataforma envia um e-mail diretamente a Motta, pressionando-o a arquivar a proposta.
Compromisso
“Qualquer democracia séria rejeitaria veementemente com todas as instituições esse tipo de atentado contra o regime o Estado Democrático de Direito, mas o que nós temos visto no parlamento brasileiro representa o contrário disso, não apenas por parte dos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, que buscam anistia para quem tentou o golpe, depredou, destruiu os prédios das instituições brasileiras, mas por parte também de uma classe fisiologista que não demonstra compromisso com a democracia, e sim com os seus próprios privilégios. Essa classe tem nomes. É o ‘Centrão’. Decidimos puxar essa campanha para fazer pressão direta no presidente como resposta da sociedade civil brasileira e da população”, pontuou o gestor de advocacia do grupo Nossas, Lucas Loubac.
A organização é a responsável pelo abaixo-assinado, que conta com o apoio de outras entidades civis, como o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e o Pacto pela Democracia. O movimento de oposição à pauta da anistia mira o projeto de lei (PL) de autoria do ex-líder do governo Bolsonaro e ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO).
Economia
Ainda nesta manhã, Motta não poupou o presidente Lula de críticas à condução da economia. Em entrevista ao diário conservador carioca ‘O Globo’, Motta afirmou que o presidente “não pode ficar refém de ideologias” e que seu governo precisa tomar decisões mais pragmáticas.
O parlamentar também detalhou sua proposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) para destravar as emendas parlamentares que estão suspensas, sugerindo que as regras de transparência que valeriam a partir de 2025 sejam aplicadas ao que foi indicado e empenhado em 2024.
Sobre o bloqueio das emendas parlamentares por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), Motta disse que a transparência deverá ser a solução para o impasse. Ele disse ter sentido “interesse” de ministros do STF em resolver a questão e ressaltou que a governabilidade do Executivo está diretamente ligada à liberação de recursos.
— Os deputados precisam das emendas para justificar apoio a pautas difíceis — concluiu.
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