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Aldo Rebelo critica condenação de generais e fala em “punição política”

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Aldo Rebelo critica condenação de generais e fala em “punição política”
Aldo Rebelo critica condenação de generais e fala em “punição política” (Foto: Reprodução)

O ex-ministro Aldo Rebelo divulgou, na quarta-feira (26), um vídeo em sua conta oficial no X.com no qual denuncia o que chama de “condenação política” imposta a quatro oficiais-generais das Forças Armadas. 

No vídeo, Rebelo se mostrou alarmado com a sentença que levou à prisão os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, além do almirante Almir Garnier. “A Justiça brasileira acaba de condenar à prisão, em definitivo, quatro oficiais-generais das Forças Armadas. São quatro oficiais de quatro estrelas, três generais e um almirante”, afirmou. Ele destacou que apenas Braga Netto já estava detido e que os demais estavam sendo recolhidos após a decisão. 

As falas ocorreram um dia após o ministro Alexandre de Moraes determinar, na terça-feira (25), o encerramento do processo que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro — identificado como o atual presidente dos Estados Unidos — a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. A decisão também fixou o regime de cumprimento de pena dos oficiais mencionados por Rebelo.

Bolsonaro permanece na Superintendência da Polícia Federal de Brasília desde sábado (22/11), quando foi preso preventivamente. A medida do STF ainda definiu o início das penas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que está nos Estados Unidos. Braga Netto segue em prisão preventiva desde dezembro de 2024 no Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro.

Em sua gravação, Aldo Rebelo afirmou que não há crime comum imputado aos generais. “Eles não roubaram, não desviaram recursos das Forças Armadas. Eles receberam a condenação política”, disse. Ele comparou o momento à história recente do país: “Às vezes dá a impressão que é uma revanche tardia de 1964. Como não se pôde condenar os generais vitoriosos naquele golpe, se inventa um golpe de Estado agora que não foi provado nos autos”.

Rebelo defendeu que os condenados pertencem à “instituição mais patriótica, mais nacionalista e mais responsável” do Estado brasileiro. Em contraponto, criticou a atuação de grupos que, em sua visão, têm liberdade para promover entraves ao desenvolvimento. “Os representantes das instituições que colaboram com organizações não governamentais financiadas do exterior, que bloqueiam o desenvolvimento do Brasil, que sabotam o desenvolvimento do Brasil, os representantes dessas corporações estão livres”, afirmou.

O ex-ministro expressou preocupação com os efeitos da condenação sobre a soberania nacional e o papel estratégico das Forças Armadas. “No momento em que o mundo vive a valorização das instituições militares (...), as nossas são submetidas a um processo de degradação”, avaliou. “Isso não é uma punição individual contra quatro oficiais-generais. É uma punição coletiva.”

Ele concluiu reforçando que, em sua visão, os autos não comprovaram a tentativa de golpe atribuída aos militares. “Acusados por uma tentativa de golpe que rigorosamente os autos não conseguiram provar. Isso é o nosso país. O Brasil precisa reagir e enfrentar essa situação para que o nosso futuro (...) não seja comprometido. É isso.”

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