Atlético-MG perde mais uma final continental: o que faltou desta vez?
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O Atlético perdeu para o Lanús por 5 a 4 nos pênaltis e ficou com o vice da Copa Sul-Americana, acumulando assim o segundo revés consecutivo em uma decisão continental. No ano passado, o Galo já havia deixado escapar o título ao ser superado pelo Botafogo na Libertadores.
O que faltou para o Atlético?
A final da Sul-Americana escancarou alguns pontos que impediram o Atlético de alcançar um desempenho mais dominante e, consequentemente, o título. Embora o time tenha mostrado organização defensiva em diversos momentos, faltou personalidade para transformar essa solidez em protagonismo ofensivo.
ntes de tudo, pesou o receio de se impor. Mesmo com uma marcação bem encaixada, o Atlético parecia jogar com freio de mão puxado, hesitando nas ações de ataque e evitando assumir riscos que poderiam mudar o rumo da partida.
O adversário, percebendo essa postura, conseguiu controlar o ritmo e ditar as condições do jogo por longos períodos. Coragem e intensidade costumam ser determinantes em finais de jogo único, e o Galo deixou a desejar nesse aspecto.
Outro ponto que ficou aquém foi o aproveitamento das jogadas pelos lados, especialmente pela esquerda, setor que tradicionalmente é uma arma forte com Guilherme Arana. Faltou envolvimento mais agressivo, ultrapassagens frequentes e presença no último terço.
Quando Arana conseguia avançar, muitas vezes não havia aproximação, triangulações ou inversões rápidas que pudessem criar superioridade numérica. Assim, o que poderia ter sido um caminho de desequilíbrio virou apenas uma tentativa previsível e facilmente neutralizada.
Por fim, o time sentiu a ausência de uma grande atuação de Hulk, sempre referência técnica e emocional da equipe. Muito bem marcado, ele teve dificuldade para encontrar espaços, tendo que recuar para buscar acionar os companheiros. Sua participação ficou limitada, e o Atlético perdeu sua principal válvula de escape e poder de decisão.
No balanço geral, faltou ao Atlético combinar coragem com eficiência. A equipe teve estrutura, mas não teve imposição. Teve posse em alguns momentos, mas não teve profundidade. E, sobretudo, teve seu principal líder ofensivo anulado. Em finais, detalhes decidem, e foram justamente esses detalhes que distanciaram o Galo da taça.
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