Após saída de Ana Paula Hedler, Itaipu Binacional perde sintonia com a imprensa e volta a se fechar para os jornalistas
Rede News
Foz do Iguaçu (PR) — Desde a saída da gestora de comunicação Ana Hedler , a Itaipu Binacional parece ter perdido o ritmo de proximidade e diálogo que mantinha com os jornalistas e veículos de imprensa. O relacionamento, antes marcado pela abertura e disponibilidade da equipe, agora é visto como mais restrito e distante.
Durante sua gestão, Ana Paula Hedler foi reconhecida por valorizar o contato direto com repórteres e editores, mantendo um canal transparente e constante entre a usina e os meios de comunicação regionais e nacionais. Esse estilo de trabalho ajudou a consolidar uma imagem institucional mais acessível e colaborativa da Itaipu, especialmente em pautas ambientais, sociais e energéticas.
Com a chegada de Stela Guimarães ao comando da Superintendência de Comunicação Social, no entanto, jornalistas locais relatam um cenário diferente. A nova gestão, segundo relatos, tem adotado uma postura mais fechada, com menos retorno a demandas da imprensa e redução no fluxo de informações públicas.
“Antes era fácil conversar, confirmar dados e agendar entrevistas. Agora, quase tudo precisa passar por várias aprovações e nem sempre há resposta”, comentou, sob anonimato, um jornalista que cobre a usina há mais de 10 anos.
A percepção é de que a Itaipu Binacional voltou a se distanciar da mídia, o que preocupa comunicadores e veículos que dependem das informações da empresa para pautas de interesse público. Esse afastamento pode impactar diretamente a transparência e a imagem da binacional, sobretudo em um momento em que o setor energético vive mudanças relevantes e exige comunicação clara com a sociedade.
Apesar das críticas, há expectativa de que a nova gestão possa retomar o diálogo aberto com jornalistas e reconstruir a confiança que marcou períodos anteriores. A comunicação pública, especialmente em uma empresa binacional e de grande relevância estratégica, precisa equilibrar institucionalidade com acessibilidade — algo que, segundo os profissionais da área, era um dos legados mais fortes deixados por Ana Paula Hedler .
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