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Julgamento que pode cassar Cláudio Castro teve climão entre ministros e suspense da relatora

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Julgamento que pode cassar Cláudio Castro teve climão entre ministros e suspense da relatora
Julgamento que pode cassar Cláudio Castro teve climão entre ministros e suspense da relatora (Foto: Reprodução)

A ministra Isabel Gallotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), manteve o suspense até o último minuto no julgamento que pode cassar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil). Ambos são investigados por abuso de poder político e econômico no chamado “escândalo do Ceperj”.

Voto entregue em envelope lacrado causa surpresa e pedido de vista

Em uma estratégia incomum, Gallotti entregou seu voto impresso e lacrado em um envelope, apenas no início da sessão, impedindo que os demais ministros tivessem acesso prévio ao conteúdo. A medida, segundo a coluna de Malu Gaspar (O Globo), buscava evitar vazamentos.

A atitude levou o ministro Antonio Carlos Ferreira a pedir vista do processo. Ele justificou que o tempo foi insuficiente para estudar o voto da relatora.

“[Apresento] Pedido de vista para que eu e os demais ministros possam refletir sobre o processo e o voto da ministra Isabel Gallotti”, declarou o magistrado durante a sessão.

Voto duro e paralelos com outros casos

Embora sigiloso, o voto de Gallotti pela cassação de Castro e Bacellar já era esperado. Segundo ela, “observadas em conjunto, as condutas revelam elaborado esquema de uso da estrutura administrativa estadual e seus recursos com a finalidade de influenciar nas eleições”.

A ministra já havia votado, em agosto, pela cassação do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), por abuso de poder político — caso semelhante ao do Rio.

Sigilo e timing do julgamento geram incômodo

O julgamento ocorre em meio à repercussão da operação mais letal da história do Rio, que deixou 121 mortos, o que gerou desconforto entre membros do TSE. Um ex-ministro afirmou: “É muito ruim”, destacando que o momento pode soar como “oportunismo político” do tribunal.

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